Em jogo de xadrez, Isla erra e faz Flamengo depender de tropeços do Inter
Créditos: Alexandre Vidal / Flamengo
No xadrez, o vencedor não é quem melhor ataca. Muito menos quem melhor se defende. A vitória no tabuleiro é do melhor estrategista, que normalmente costuma errar pouco, ou quase nunca. A analogia descreve bem o empate do Flamengo por 1 a 1 com o Bragantino, neste domingo (7), no Nabi Abi Chedid.
Adversário perigoso, com um futebol atraente, ofensivo, o Bragantino não se incomodou com a presença do campeão brasileiro, marcou alto, e obrigou o Flamengo a abusar dos chutões, na tentativa de sair da pressão em seu campo.
Sobraram os espaços nas extremidades, e foi por este setor que o rubro-negro arriscava na velocidade de Bruno Henrique, pela esquerda. O Fla também pressionava a saída de bola do Massa Bruta. Jogo estudado. Muita tensão pela possibilidade dos cariocas chegarem a liderança e o Braga aumentar o sonho da Libertadores.
Mas, como no xadrez, errar custa caro. Léo Ortiz pagou para ver e Wilton Pereira Sampaio, após enxergar o puxão do zagueiro do Bragantino em Gustavo Henrique na área, assinalou a penalidade. Gabigol bateu com categoria, abriu o marcador e voltou a ser o artilheiro do Mengão na temporada: 1×0.
Naquele momento, o Fla não apenas acabava com uma invencibilidade de cinco jogos dos paulistas, como assumia a ponta da tabela do Brasileiro pela primeira vez na temporada.
Mas assim como no xadrez, no futebol estar à frente é uma vantagem que exige sabedoria para administrar, seguida de falhas do adversário. O Bragantino estava disposto a não errar, e quando Isla não cortou a bola cruzada da direita, Ytalo emendou a redonda no fundo das redes de Hugo Souza: 1 a 1, aos 17’ minutos da etapa final.
Isla sentiu o erro, Arrascaeta tentou mudar a história, mas quando esbarrou nas duas grandes defesas em sequência de Cleiton, aos 22 minutos, o time sentiu o xeque-mate. Um empate para o Bragantino contra o atual campeão e candidato ao bi é um grande resultado.
Enquanto Barbieri parecia satisfeito, Ceni visivelmente incomodado, pensava, mas não esboçava reação. Quando acordou, e colocou Pedro para atuar pela primeira vez ao lado de Gabigol (que não conseguia vencer Cleiton com a bola rolando) sob seu comando no Brasileiro, o relógio marcava mais de 40 minutos.
Mesmo assim Pedro quase sacramentou a vitória rubro-negra em uma jogada antológica de letra, mas Cleiton, o nome do jogo, mais uma vez impediu. Um jogaço, que exigia erro zero. Um erro de cada lado: empate. Resultado amargo, dolorido para o Flamengo, que volta a depender de tropeços do Internacional para ser campeão.
Restam três jogos, nove pontos a disputar, e um confronto direto contra os gaúchos. A diferença agora é de um ponto. Mas com um jogo a menos, o Inter pode abrir 4, caso derrote o Sport no fechamento da rodada, na próxima quarta-feira (10).
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Jornalista, apaixonado por esportes e pela cultura fantástica do futebol. Trabalhou na TV Pajuçara (afiliada da Record em Alagoas), no Jornal Gazeta de Alagoas e no Portal Gazetaweb. Atualmente é repórter do Portal Esporte Alagoano e do programa No Próximo Bloco. Siga nas redes sociais -> Instagram: @isaac_siimoes; Twitter: @Isaac_Siimoes e Facebook: Isaac Simões.
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