Pressionado, Ceni relaciona ausência de torcida ao baixo nível do Flamengo
Créditos: Alexandre Vidal / Flamengo
Apesar das muitas críticas, Rogério Ceni segue como treinador do Flamengo. A demora para a coletiva de imprensa, após a derrota para o Ceará neste domingo (10) no Maracanã, levantou dúvidas sobre a permanência do ex-goleiro no cargo, mas o treinador compareceu ao encontro com os jornalistas, após mais de uma hora de atraso. Buscando explicações, Ceni atribuiu a má atuação do Fla a ausência do torcedor no estádio.
“Vim aqui para ser campeão. Quando me convidaram para o Flamengo esse era o objetivo. Estamos deixando passar as oportunidades, por culpa nossa, culpa minha. Acho que esses jogadores estão sentindo a falta do torcedor. Só posso acreditar que seja isso”, afirmou o treinador, buscando respostas para o péssimo desempenho em casa nos últimos dois jogos.
“Fazemos por merecer em alguns momentos, mas não estamos sendo efetivos. Principalmente pela ausência do torcedor; Aqueles 50, 60 mil de média por jogo são combustível importante. Só posso acreditar que seja isso. De resto tem sido feito de tudo. Eles têm se dedicado muito nos treinos, tem intensidade muito alta. A campanha dentro de casa posso avaliar que a voz do torcedor faz a diferença. Não tenho outra explicação para te dar”, afirmou.
Esta foi a segunda derrota consecutiva do Flamengo e o terceiro jogo seguido sem vitória do Flamengo. Estacionado nos 49 pontos, o Flamengo começa a se preocupar com os adversários de trás da tabela, correndo o risco de deixar o grupo dos classificados para a Libertadores da próxima temporada.
Neste domingo (10), Rogério Ceni completou dois meses a frente do clube da Gávea. Ao todo, o técnico acumula 12 jogos, com 4 vitórias, 4 empates e 4 derrotas, perfazendo um aproveitamento de 44,4% como técnico do Fla.
Questionado sobre garantias de permanência no cargo, Ceni respondeu assim. “No futebol não existe garantia. É a única garantia que eu te dou. Você precisa conquistar a garantia com resultados. Os resultados são ruins perto do que esse grupo pode. A diretoria tem direito de tomar qualquer decisão. O desempenho como comportamento diário é bom, mas como resultado deixa a desejar”, falou.
A polêmica da partida começou antes mesmo da bola rolar. Ceni modificou a equipe, tirando Hugo Souza, Natan e Gabigol, para colocar César, Gustavo Henrique e Pedro. Ele explicou as alterações.
“O Pedro foi contratado, é um grande jogador, vinha sendo titular. Minha equipe começa com Gabriel e Bruno Henrique, mas pelo que oferecia o jogo, eles têm uma defesa alta, jogadores que defendem bem. O Gustavo Henrique é melhor no jogo aéreo, o Pedro é uma referência. Contra o Fluminense, Bruno Henrique e Gabriel estavam distantes. Hoje optamos por essa formação. Pedro foi contratado por valor expressivo, tem qualidade para ser titular. O que não diminui a importância do Gabriel para o time. Mas não treinamos para escalar os dois juntos e achei que eles juntos por 60 ou 90 minutos seria risco muito grande”, explicou o comandante rubro-negro.
Agora, o Flamengo só voltará a jogar no próximo dia 18, segunda-feira, às 20h, contra o Goiás, na Serrinha, em Goiânia. Até lá, não está garantida a permanência de Rogério Ceni no clube e muitas coisas podem surgir nos bastidores agitados do Fla.
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Jornalista, apaixonado por esportes e pela cultura fantástica do futebol. Trabalhou na TV Pajuçara (afiliada da Record em Alagoas), no Jornal Gazeta de Alagoas e no Portal Gazetaweb. Atualmente é colaborador do Portal Esporte Alagoano. Siga nas redes sociais -> Instagram: @isaac_siimoes; Twitter: @Isaac_Siimoes e Facebook: Isaac Simões.
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