Ganhar é bom, mas precisa sofrer tanto?
Créditos: Foto: André Jonson/OFEC
Já deu para perceber, o treinador Matheus Costa gosta de sofrer. O masoquismo do comandante alvinegro em fazer o gol e defender o tempo que for necessário, nem que sejam 84 minutos, como ontem, é mais que prova disso. Contra a Ponte Preta, em casa, pela 29 rodada, foi o necessário para sairmos com os três pontos, e para certificar que o coração do operariano está bom.
Precisando buscar a vitória, após a sequência de quatro jogos sem vencer, Matheus Costa escalou o Operário assim: Martín Rodríguez; Sávio, Bonfim, Ricardo Silva, Fabiano; Jorge Jiménez, Rafael Chorão, Ricardo Bueno; Rafael Oller, Douglas Coutinho e Schumacher.
Logo no início da partida, a equipe de Vila Oficinas partiu para cima dos visitantes. A postura agressiva já foi percebida aos dois minutos da partida, quando Douglas Coutinho bate fraco para a defesa do goleiro da equipe de Campinas, Ygor.
Agredindo mais, a equipe de Vila Oficinas abriu o placar aos cinco da primeira etapa. Num lance que começou na direita com Sávio, a bola sobrou nos pés de Rafael Oller, que bateu para a defesa do goleiro da Ponte, no rebote Ricardo Bueno não desperdiçou e abriu o placar no Germano Krüger.
Com a vantagem no placar, a equipe de Matheus Costa recuou, chamando os visitantes para seu campo defensivo. Apostando nos contra-ataques, o Fantasma ainda teve boas chances na jogada individual de Douglas Coutinho aos 17 minutos, e outras duas jogadas de bola parada pela direita, sem levar perigo. Tentando atacar mais, a Ponte Preta, ainda reclamou de um pênalti não marcado em Bruno Rodrigues, mas o lance ficou só na reclamação mesmo.
As duas equipes voltaram sem alterações para a segunda etapa, com o Operário adiantando a marcação. Num dos raros momentos de ataque dos ponta-grossenses na etapa, Rafael Oller sofre falta. O zagueiro da Ponte, Ruan Renato recebeu o segundo amarelo pela entrada forte no meia-atacante alvinegro.
Com a vantagem numérica, o Operário ao invés de ir para cima, se fechou ainda mais. Matheus Costa tirou os atacantes Schumacher e Ricardo Bueno, para colocar os meias Tomas Bastos e Thomaz, ele também trocou o zagueiro amarelado Bonfim, por Reniê. Nesse momento parecia que quem jogava com um a mais eram os visitantes e não o Operário.
Sem os atacantes a equipe alvinegra chamou a Ponte até demais para o seu campo. Aos 36 da etapa final, Reniê foi obrigado a fazer duas “defesas” dentro da pequena área. O treinador entendeu isso como sinal para fechar ainda mais a casinha e trouxe Leandro Vilela no lugar de Chorão, e ficou com uma alteração sobrando. Aos 41 nova bola retirada no limite, dessa vez por Ricardo Silva.
O torcedor alvinegro já via um filme passando na sua cabeça. Aquele filme de sempre, com coisas que só acontecem com o Operário, como tomar o empate com um a mais jogando em casa. O juiz apontou os 6 de acréscimo e o tempo já nem parecia mais passar. Foram seis minutos que passaram como se fossem horas, até que o juiz apitou o fim da partida. 1×0 para o Fantasma, 38 pontos dos 45 que precisamos para ficar na série A.
A postura não agrada, mas ao menos o resultado é positivo. Sexta-feira (18) a atenção, a postura e a vontade têm que ser maiores, porque viajamos para enfrentar nosso maior rival fora do estado. Cuiabá x Operário não pode ser como foi contra a Ponte.
Ficha Técnica
Operário 1×0 Ponta Preta – Estádio Germano Krüger – 29ª Rodada do Campeonato Brasileiro Série B
Equipes:
Operário: Martín Rodríguez; Sávio, Bonfim (Reniê), Ricardo Silva, Fabiano; Jorge Jiménez, Rafael Chorão (Vilela), Ricardo Bueno (Thomaz); Rafael Oller, Douglas Coutinho e Schumacher (Tomas Bastos)
Ponte Preta: Ygor; Apodi, Wellington Carvalho, Ruan Renato, Guilherme Lazaroni; Luís Oyama (Alisson), Neto Moura (Dawhan), Camilo (Luan Dias); Moisés (Guilherme Pato), João Veras, Bruno Rodrigues (Pedrinho)
Gols:
Operário: Ricardo Bueno (5’ 1T)
Cartões:
Operário: Sávio (Amarelo), Bonfim (Amarelo), Douglas Coutinho (amarelo)
Ponte Preta: Ruan Renato (2x Amarelo/Vermelho); Neto Moura (amarelo), Luan Dias (Amarelo), Bruno Rodrigues (Amarelo)
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Jornalista formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, cobriu o Operário pelo Net Esporte Clube. Hoje trabalha com Comunicação Institucional, o que permite assistir o jogo grudado no alambrado e a corneta rolar solta, unindo o lado torcedor, com o compromisso com a informação e opinião do jornalismo. Instagram: @lmaaatos Twitter: @lmaatos Facebook @lmaatos
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