Uma crônica escrita por uma jovem botafoguense num momento difícil do time.

Recebi este texto de uma amiga que é torcedora fervorosa do Botafogo, daquelas que vão aos jogos, ficam no meio da torcida e acompanham o time apaixonadamente. O nome dela é Karen Rodrigues de Souza.

“O Botafogo e seus jogadores não têm mais a ambição de fazer história! Ser apenas uma instituição já basta e ser apenas jogador também.

Sua fama no contexto atual é sustentado pelo nome Garrincha e por ser o clube que mais cedeu jogadores à seleção. Temos um imenso orgulho por estes dois feitos e sabemos de outros tantos. Porém, ser lembrado por estes dois marcos não é suficiente em meio a um futebol moderno. Precisamos de novos títulos, nosso feitos , nova visão e novas atitudes.

O Botafogo é aquele vovô que acha que já viveu tudo, busca se aposentar e vive para contar sua história. Não consegue enxergar que ainda não viveu tudo e ainda tem muita coisa para conquistar.

No final dos anos 80 e começo dos 90, enquanto os times estavam em sua plena juventude, o Botafogo já estava entrando com pedido de aposentadoria no cenário futebolístico, dando sinais de cansaço, fadiga e achando que não tinha mais o que viver.

Não sei como esse quadro possa ser revertido, mas enxergar a verdade do Botafogo atualmente já ajuda, já é o começo . Tenho 27 anos e sou uma jovem cansada, desgastada, que torce para seu time cansado, desgastado, o vovô Botafogo, que obriga sua torcida (de qualquer idade) a se tornar igual a ele.

Apesar de tudo isso, o meu amor pelo Botafogo é jovem e se renova independentemente de qualquer circustância. O sangue ferve só em ouvir seu nome. Minha paixão aumenta só de lembrar que sou escolhida. Como pode? Que loucura, né?

Será que a esperança de mudança deve acontecer através de nós, torcedores? Não sei! Eu só sei que eu quero um novo Botafogo”.