Talvez o grande erro de Eduardo Coudet (além de magoar o ego de dirigentes colorados), em sua breve passagem pelo Inter, tenha sido a falta de uso da garotada da base. O técnico argentino tinha receio em escalar os jovens. Entendia que não estavam prontos para os jogos de Série A. Queria gente com mais rodagem. E gente com mais rodagem ele não teve. 

Pois entre seus erros e acertos, o triunvirato de Abel/Leomir/Loss começa a reconstrução do Inter para 2021 (sim, para 2021) justamente a partir dos pratas da casa. O empate com o Atlético-MG foi prova disso. Yuri, Maurício, Peglow e Praxedes carregaram o time para um empate que até então parecia improvável. Lucas Ribeiro, enfim, teve uma chance no time titular. Com uma dívida de R$ 450 milhões a curto prazo, e que certamente não poderá ser quitada até o final do ano, o novo Inter precisa se iniciar pelos jogadores da casa. É chegada a hora de dar adeus a alguns jogadores que já não têm mais condições de entregar ao Inter aquilo que um time que pretende ser campeão precisa – e manter os “veteranos” que ainda têm algo a dar. Clubes como São Paulo, Santos, Palmeiras e Grêmio têm que servir como exemplos de unir base com experiência.

Escalar a gurizada na Bombonera? Por que não? A classificação é impossível na Libertadores? Com certeza não. É improvável? Certamente. Então por que não ousar jogador com alguns dos jovens diante do Boca? O ano de 2021 se avizinha e o Inter precisa recomeçar. De alguma maneira.