@alexcalheiross

Há pouco tempo, aqui mesmo nesta coluna, escrevi sobre o furdunço político vascaíno. Na oportunidade, diante da interminável eleição, relatei sobre a dificuldade em identificar e diferenciar os mocinhos dos vilões. Pesquisei, apurei, conversei com um, conversei com outro, li, estudei e sigo na mesma: em cima do muro. Curiosamente a falta de posicionamento não tem a ver com falta de convicção. O que me deixa cada vez mais em dúvida é outra falta: a de perspectiva. O Vasco segue sangrando e não há nenhum indício de que a hemorragia será estancada. Nos corredores de São Januário o fracasso é mais comemorado do que combatido. Até quando viveremos assim?

A semana segue pesada. No futebol, além da eliminação na Copa Sul Americana, o Vasco encara o Grêmio na casa do adversário precisando vencer para sair da zona do rebaixamento. Dura missão. Enquanto isto, nas arquibancadas virtuais da colina histórica, a briga pelo poder continua e os debates seguem acalorados. Tudo porque o atual presidente, em fim de mandato, comunicou, via rede social, que propôs aos dois postulantes ao cargo o início do processo de transição para a próxima segunda feira. Leven não foi lá muito simpático a convocação. Segundo ele não faz o menor sentido Jorge Salgado participar do encontro pelos motivos que todos já conhecem. Salgado, por sua vez, manteve-se no velho discurso da boa vizinhança. Aquele papo meio barro meio tijolo de quem dança conforme a música. Há quem diga, porém, que Campello deseja jogar a batata quente na mão de um ou de outro. Será?

Em meio a troca de farpas e as bicadas entre papagaios, Balotelli trocou a Ferrari por um Monza italiano e o Independiente da Argentina ameaçou negociar “Benício”. Dos bilhões de investimentos a suposta falta de necessidade de contratações o Vasco definha e há quem festeje tudo isto. Pobre Vasco!